Patrono e Modelos de Vida e Grandes Figuras
Patrono
São Paulo é um exemplo de "caminho" para os Caminheiros, pois viveu uma transformação radical na sua fé e na sua missão. Ele era um judeu fervoroso que perseguia os cristãos, mas depois de uma experiência mística no caminho de Damasco, tornou-se um dos maiores apóstolos de Cristo. Ele viajou por todo o mundo antigo, pregando o Evangelho e fundando comunidades. Ele também escreveu cartas que são parte do Novo Testamento e que mostram a sua sabedoria e o seu amor pela Igreja. São Paulo foi um homem de ação e de palavra, que soube seguir a vontade de Deus e dar testemunho da sua graça.
Paulo nasceu em Tarso, uma cidade da atual Turquia, entre os anos 15 e 5 a.C. Ele tinha dois nomes: Saulo, para os judeus, e Paulo, para os romanos. Ele foi a Jerusalém para estudar a religião judaica com os melhores professores da sua época. Ele não se casou, pois queria se dedicar totalmente a Deus. Ele foi encarregado pelos judeus de eliminar os cristãos das suas comunidades, pois achava que eles eram uma ameaça à sua fé. Mas ele descobriu que estava enganado, quando Jesus lhe apareceu numa luz brilhante e lhe perguntou: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" A partir daí, ele se converteu ao Cristianismo e mudou o seu nome para Paulo. Ele se tornou um missionário incansável, que levou a Boa Nova a muitos povos e lugares.
Modelos de Vida
Madre Teresa de Calcutá
Agnes Gonxha Bojaxhiu, mais conhecida como Madre Teresa de Calcutá, nasceu na Macedónia em 1910 e morreu na Índia em 1997. Ela era albanesa e dedicou-se à missão de ajudar os mais necessitados na Índia. Ela criou a congregação dos Missionários e das Missionárias da Caridade e foi declarada beata pela Igreja em 2003.
São João Paulo II
Karol Wojtyla veio ao mundo em 1920 na cidade de Wadowice. Durante o conflito mundial, ele trabalhou numa mina e numa fábrica, e se dedicou ao teatro, antes de iniciar o seu estudo secreto para ser padre. Nesses anos, ele teve que se esconder. Ele recebeu a ordenação sacerdotal em 1946, e se formou em teologia. Depois, ele foi consagrado bispo. Ele participou do Concílio Vaticano II, onde teve uma atuação importante. Aos 47 anos, ele foi nomeado cardeal. Em 1978 o cardeal Karol Wojtyla foi escolhido Papa.
Santa Teresa Benedita da Cruz
Edith Stein foi uma filósofa judia que se converteu ao cristianismo e se tornou carmelita descalça. Nasceu em 1891 e morreu em 1942, vítima do nazismo, num campo de extermínio em Auschwitz. A sua vida foi marcada pela busca da verdade e pelo amor a Deus, que encontrou na leitura de S. Teresa de Ávila. Tentou escapar da perseguição nazista na Holanda, mas acabou sendo capturada e levada para a morte na câmara de gás.
Santo Inácio de Loyola
S. Inácio de Loyola foi um homem que viveu uma transformação radical na sua vida. Nascido em 1491, frequentou a corte de Castela na sua juventude e envolveu-se em várias aventuras. Quando servia como soldado, sofreu um ferimento grave que o levou a repensar o seu caminho. Através da leitura de livros religiosos, descobriu a sua vocação para seguir Cristo. Viajou até Jerusalém como peregrino, e depois dedicou-se aos estudos em Barcelona e Paris. Tornou-se padre jesuíta em 1538 e fundou a Companhia de Jesus, uma ordem religiosa que se distinguiu pela sua missão evangelizadora e educativa. Entre as suas obras espirituais, destaca-se o livro dos Exercícios Espirituais, uma proposta de oração e discernimento para encontrar a vontade de Deus. O seu lema era ad maiorem Dei gloriam (Para a maior glória de Deus), que expressava o seu desejo de servir a Deus em tudo.
Grandes Figuras
Aristides de Sousa Mendes
Aristides de Sousa Mendes foi um diplomata português que salvou dezenas de milhares de pessoas do holocausto, na segunda guerra mundial. Ele era o cônsul de Portugal em Bordéus, na França, quando a Alemanha nazista invadiu o país em 1940. Desobedecendo às ordens do governo de Salazar, que proibia a emissão de vistos a refugiados, ele concedeu cerca de 30 mil vistos a judeus e outros perseguidos, permitindo que eles escapassem para Portugal e outros países neutros. Ele é considerado um herói da resistência humanitária e um dos maiores salvadores da história.
Mahatma Gandhi
Um dos grandes nomes da história da Índia, ele foi um líder político e social que lutou pela independência do seu país contra o domínio britânico. Ele defendia a não-violência como forma de resistir à opressão e de promover a harmonia entre as diferentes religiões e culturas. Ele é considerado o pai da nação indiana, e sua filosofia inspirou movimentos pacifistas pelo mundo.
Martin Luther King
Martin Luther King foi um pastor protestante norte-americano que viveu no século XX e se destacou como um dos principais nomes da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ele defendia a não-violência e o amor pelo próximo como formas de combater o racismo e a discriminação. Ele liderou várias manifestações pacíficas, como a Marcha sobre Washington, em 1963, onde proferiu seu famoso discurso "Eu tenho um sonho". Ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1964, mas foi assassinado em 1968 por um extremista branco.
Nelson Mandela
Nelson Mandela foi um líder político e social que lutou contra o regime de segregação racial na África do Sul. Ele passou 27 anos na prisão por sua resistência pacífica ao apartheid, mas nunca desistiu de sua causa. Em 1994, ele se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul, após as primeiras eleições multirraciais do país. Ele é considerado um símbolo mundial de liberdade, justiça e reconciliação.
Aung San Suu Kyi
Aung San Suu Kyi é uma líder política e ativista de Myanmar, antiga Birmânia. Ela recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1991 por sua luta pacífica pela democracia e pelos direitos humanos em seu país, que estava sob uma ditadura militar. Ela passou quase 15 anos em prisão domiciliar por sua oposição ao regime, mas foi libertada em 2010 e se tornou a primeira conselheira de Estado de Myanmar em 2016. No entanto, sua reputação internacional foi manchada por sua falta de ação diante da perseguição e do genocídio dos rohingyas, uma minoria muçulmana em Myanmar.
Wangari Maathai
Wangari Maathai foi uma queniana que dedicou sua vida à defesa do meio-ambiente e dos direitos humanos. Ela fundou o Movimento Cinturão Verde, que plantou milhões de árvores na África para combater a desertificação e a pobreza. Ela também lutou contra a corrupção e a opressão do regime de Daniel arap Moi, enfrentando prisões, torturas e ameaças de morte. Em 2004, ela se tornou a primeira mulher africana a receber o Prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho em prol do desenvolvimento sustentável, da democracia e da paz.
Retirado de: Caminheiros (escutismo.pt)