A Lei/Promessa do Lobito

Os princípios escutistas na Alcateia são expressos na Lei, nas Máximas e na Promessa.

Elas convidam o Lobito a aderir voluntariamente aos ideais do movimento, que o ajudam a contribuir para um mundo mais fraterno e solidário.


O Livro da Selva contrasta um “povo sem lei”, desorganizado, ocioso, imundo e sem normas, que vive de acordo com os impulsos e os interesses momentâneos. Em contraste, temos o “povo livre”, a Alcateia, onde cada lobo sabe o seu lugar e as regras e respeita Àquêlá como a autoridade moral para orientar e defender todos.


Quando descrevemos psicologicamente a faixa etária dos nossos Lobitos, vemo-los como “crianças” que pensam sobre factos concretos vividos aqui e agora. Não podemos ensinar-lhes valores sobre situações hipotéticas que eles não compreendem e ainda não experimentaram. Por isso, a Lei da Alcateia coloca as coisas no presente.


O Lobito escuta Àquêlá.


O lobito não se escuta a si próprio.


No primeiro artigo da Lei, estão presentes o valor da obediência e o reconhecimento da autoridade de Àquêlá (chefes, pais, professores, catequistas…), reconhecimento este que vem da capacidade que o adulto tem para educar, apoiar, afagar e proteger a criança.


No segundo artigo, encontramos a valorização da renúncia do Lobito aos seus interesses pessoais em favor dos interesses da Alcateia. Despertando assim para a vida em comunidade, para a partilha, para o esforço coletivo, em oposição ao egoísmo e individualismo.


A simplicidade da Lei resume, assim, os valores básicos da vivência em Alcateia.

Retirado de: Lobitos (escutismo.pt)